Tristeza, a arquiteta da mudança

A TRISTEZA não é uma emoção desejada mas, como toda emoção, ela tem o seu papel.
Nos sentimos tristes quando vivenciamos uma perda, quando encontramos obstáculos, quando não conseguimos atingir ou manter um objetivo.
A expressão da tristeza (olhos baixos, pálpebras caídas, lábios curvados, sobrancelhas oblíquas, postura corporal cabisbaixa) pode exercer um efeito sobre aqueles que estão ao nosso redor, ao SINALIZAR QUE PRECISAMOS DE AJUDA. Ver alguém chorando tende a nos despertar empatia e solidariedade.
Outra função da tristeza é a de PROMOVER MUDANÇAS no nosso jeito de pensar e agir. Quando estamos tristes tendemos a repensar nossas convicções sobre algo ou alguém e mudar a nossa prioridade.
Quando conseguimos COMPREENDER as causas e as consequências das nossas perdas, decepções e fracassos, reavaliamos nossas atitudes, criamos novas estratégias e até mesmo aceitamos as condições que não podemos controlar.
Assim, um momento de tristeza pode nos conduzir a tomar decisões mais realistas e nos mostrar a nossa capacidade de resiliência, nos impulsionando a MUDAR, a CRESCER e a AMADURECER emocionalmente.
Na nossa cultura atual, a demonstração de tristeza nem sempre é aceita e existe um imperativo social por evidenciar alegria, principalmente nas redes sociais. Muitas vezes acreditamos que expressar tristeza é IMPRÓPRIO, negativo ou até mesmo um sinal de fraqueza.
Não se esqueça que cada emoção tem sua função biológica, seu papel social e sua MENSAGEM à comunicar. Das experiências tristes podemos extrair valiosos aprendizados!
Portanto, não CENSURE nem sufoque o que você está sentindo. Permita que sua emoção se manifeste, se escute e se acolha. Por fim, não hesite em buscar ajuda profissional ao notar sinais e sintomas de um desequilíbrio emocional.